13 agosto 2007
Covilhanices
Aumentam as falências nos distritos do Interior
No total, faliram 304 empresas, de Janeiro a Junho
O número de empresas declaradas falidas ao longo dos primeiros seis meses do ano diminuiu, em relação a igual semestre do ano passado. Apesar desse recuo, os distritos do Interior contrariaram o bom comportamento evidenciado pelas estatísticas gerais para o país e viram aumentar a declaração de insolvência para empresas neles instaladas, de acordo com dados da Coface a que o JN teve acesso.
Mas, em termos de falências definitivas declaradas pelos tribunais, Bragança, Vila Real, Guarda, Viseu e Castelo Branco, ou seja, distritos do Interior Norte e Centro, destacaram-se pelos piores motivos, com o número de falências a aumentar, à semelhança, aliás, do que ocorreu em outros distritos do Litoral das duas regiões, como foi o caso de Viana do Castelo, Aveiro e Leiria. Faro foi o único ponto do Sul a registar um aumento nas falências.
No total, faliram 304 empresas, de Janeiro a Junho, menos 123 do que em igual semestre de há um ano.
Álvaro Amaro apela a investimentos no Interior
«em 30 anos, metade do país vai “fechar” por falta de pessoas»
A autarquia de Gouveia está empenhada em trazer mais jovens e investimento para o concelho. Em época de festa, o presidente, Álvaro Amaro, lembra, no entanto que o papel do Estado não deve ser reduzido, antes pelo contrário, há que discriminar positivamente o interior do país.
«Por maior esforço que os autarcas façam, é preciso que o Governo – seja de que cor política for – olhe para o país como um todo», evitando, assim, o abandono de uma grande faixa do território nacional.
Num “grito de alerta”, o presidente da Câmara Municipal de Gouveia, refere que, na inexistência de medidas concretas, «em 30 anos, metade do país vai “fechar” por falta de pessoas». Numa altura em que os políticos «de todos os quadrantes» reconhecem estas dificuldades do interior, «há que dar expressão ao que dizem», só assim «seremos um país solidário e justo». De resto, lembra, «a melhor maneira de ajudar o litoral é investir no interior», retirando às grandes cidades a pressão de população e os problemas que tal acarreta.
O presidente da Câmara Municipal de Gouveia continua a acreditar que o turismo é um dos principais pilares de desenvolvimento do concelho. Sobre o “Projecto Indoor Snow” – em que são parceiros a autarquia e cinco empresas privadas – adianta que «está a ser finalizado o programa financeiro» e acredita que incentivos entretanto recebidos se materializem em apoios económicos concretos.
Governo apoia olivicultura biológica
Apoio poderá chegar a 50 por cento do investimento.
Governo vai conceder apoios financeiros específicos para a olivicultura biológica, pagando 510 euros por hectare, no caso do regadio, e 236 para o sequeiro.
O anúncio foi feito sexta-feira por Rui Nobre Gonçalves, secretário de Estado do Desenvolvimento Rural, após ter participado nas I Jornadas Nacionais de Olivicultura Biológica, que decorreram em Figueira de Castelo Rodrigo. O governante afirmou que este apoio serve para compensar as dificuldades competitivas da olivicultura biológica face ao método tradicional.
"A agricultura biológica não usa fertilizantes químicos, nem pesticidas, por isso a produtividade é menor. Além disso, este género de agricultura presta também um serviço ambiental e protege a paisagem e isso também deve ser valorizado", frisou.
Rui Nobre Gonçalves considera que será vantajoso optar por este método de produção, já que os valores serão "bastante superiores" aos subsídios genéricos concedidos à cultura do olival tradicional, que não terá apoios por hectare.
"O olival normal continuará a ter apoios ao investimento, como por exemplo, nos casos de plantação de novo olival". O apoio poderá chegar, nestes casos, a 50 por cento do investimento.
O secretário de Estado sublinhou que o "objectivo é aumentar significativamente a produção de azeite biológico" e que "o nosso País tem boas condições de clima e de solo" para este tipo de produção.
O olival foi eleito como uma das cinco fileiras agrícolas prioritárias no Plano de Desenvolvimento Rural, para dar um novo impulso à produção de azeite.
O Governo espera chegar a 2013, altura em que se encerra o actual ciclo do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), com um balanço neutro no quadro das importações e exportações de azeite.
"Com este conjunto de medidas [para a olivicultura biológica e tradicional], julgo que teremos condições para isso mas tudo depende dos agricultores", assinalou Rui Gonçalves.
Actualmente, cerca de 50 por cento do azeite consumido em Portugal é importado.
Quartel de V. F. das Naves e viatura para a Covilhã entre as preocupações
Presidentes das Federações Distritais de Bombeiros elogiam coordenação no combate aos fogos
António Antunes fala sobre Castelo Branco e Madeira Grilo sobre a Guarda, mas partilham a opinião de que, para além dos factores meteorológicos, os incêndios florestais têm sido menos prejudiciais devido à maior agressividade no combate e coordenação de meios
António Antunes, presidente da Federação de Bombeiros do distrito de Castelo Branco
“A associação da Covilhã e a Autoridade Nacional de Protecção Civil devem procurar um entendimento” para adquirir nova viatura
- Como acha que está a correr a fase Charlie de prevenção de fogos florestais – a de maior risco – até ao momento?
- Esta fase, tanto no distrito de Castelo Branco, como no resto do País, tem estado calma. Isso deve-se a vários factores. Em primeiro lugar, as condições meteorológicas. Costumo dizer que São Pedro é o melhor ou o pior bombeiro que pode haver. Tem havido alguns dias de calor, mas compensados por outros dias com alguma chuva e baixas temperaturas. Este é um factor importante para não haver grande evolução dos incêndios que surgem. Um outro tem a ver com a melhoria do aspecto humano e com o crescimento do número de equipas heli-transportadas.
Por fim, existe o factor sorte. Ao contrário doutros anos, não tem havido incêndios em simultâneo, que obrigam à dispersão de meios.
- Como vê a coordenação de meios, muito criticada no passado?
- Tem havido uma atitude agressiva na mobilização dos meios. Antigamente, quando havia uma ocorrência fazia-se a chamada triangulação, isto é, o avanço de meios de três corporações. Agora, essa triangulação é superada. São enviados sempre mais meios pelo Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) quando se nota que o fogo está a evoluir negativamente. Isto também acontece nas corporações, sendo accionados mais meios que no passado.
Associações pedem cuidados especiais na Serra da Estrela
Meta da Volta a Portugal em Bicicleta de novo na Torre
A Plataforma pelo Desenvolvimento Sustentável na Serra da Estrela (PDSSE) deixa seis recomendações para o público e organização da Volta que passados alguns anos volta a ter meta na Torre
A Plataforma pelo Desenvolvimento Sustentável na Serra da Estrela (PDSSE) apelou ontem, em comunicado, para um cuidado especial com o meio-ambiente durante a passagem da Volta a Portugal em Bicicleta que este ano volta a ter meta na Torre. A nona etapa da Volta parte hoje de Oliveira do Bairro e termina no ponto mais alto de Portugal Continental, na Serra da Estrela.
“A nossa preocupação reside principalmente no comportamento do público, da própria caravana, bem como nas campanhas publicitárias que tradicionalmente distribuem brindes que depois são
abandonados”, refere o comunicado da PDSSE, posto a circular por correio electrónico na Internet.
Na mensagem, a plataforma que agrega as associações de defesa ambiental da Serra da Estrela, faz seis recomendações “a todos os agentes envolvidos na Volta”. “Evitar distribuição de bandeirinhas e panfletos na área do Parque Natural pelos agentes publicitários”, bem como “recolher o lixo deixado na passagem da caravana”, são duas das medidas propostas. Não fazer fogo, não abandonar lixo nem fazer pinturas nas rochas, não estacionar os veículos fora da estrada, são outros três conselhos.
A PDSSE apela ainda à divulgação “activa e repetidamente” das recomendações, “nomeadamente através da Rádio Televisão Portuguesa, enquanto entidade de utilidade pública”. As associações ambientais pedem mesmo aquele canal de televisão que está a acompanhar a Volta “especial cuidado com os procedimentos associados à instalação do estúdio móvel situado no final da etapa, na Torre”.
Presidente da Câmara garante apoio para Centro de Noite
Problemas “burocráticos” adiam abertura
Concluído desde Janeiro de 2007 e inaugurado no domingo pelo presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, o Centro de Noite de S. Jorge da Beira ainda não tem uma data para entrar em funcionamento. Problemas “burocráticos” têm adiado constantemente a entrada em funcionamento daquela estrutura do Centro de Solidariedade Social (CSS) de S. Jorge da Beira. Augusto Simão Baptista, presidente da direcção do CSS, garantiu que seria ontem entregue “o pedido de licença de habitabilidade e vistoria na Câmara e só depois disso podemos protocolar com a Segurança Social o alojamento dos idosos”, disse. Estimadas em mais de 360 mil euros, as obras foram comparticipadas pelo Programa Operacional Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS) e com a ajuda da população.
“Temos 286 mil euros pagos, ou seja, ainda nos falta liquidar 70 mil euros ao empreiteiro”, disse Augusto Simão Baptista. O desabafo não caiu em saco roto e a verba foi assegurada pela Câmara da Covilhã. “Na primeira reunião a realizar em Setembro aprovaremos a entrega dessa verba ao Centro Social de S. Jorge da Beira”, disse o presidente da Câmara da Covilhã durante a inauguração do edifício.
CENTRO COM 12 CAMAS
O Centro de Noite de S. Jorge da Beira dispõe de sete quartos com 12 camas e constitui mais uma valência do Centro de Solidariedade Social de S. Jorge da Beira, que recentemente assinalou o 14º aniversário. A instituição dispõe de 57 utentes, 30 funcionários e mil e 70 sócios e tem actualmente 35 idosos em lista de espera para entrarem no lar da instituição.
In Kaminhos e Diário XXI
Saudações Paulenses
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