17 outubro 2007
Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.
LEVANTA-TE CONTRA A POBREZA E JUNTA-TE ÀS VOZES QUE PEDEM A SUA ERRADICAÇÃO
Mas não de levantes apenas hoje porque, no mundo, há 1.800 milhões de pessoas que aguardam que te ergas para que possam ter o mínimo indispensável para viverem. A cada dia que passa 50.000 morrem de pobreza extrema e o fosso entre ricos e pobres não pára de crescer. Não, não podes ficar sentado e indiferente quando, no teu próprio país, há dois milhões de pessoas que vivem com menos de 360 euros/mês, a desigualdade entre ricos e pobres é a maior da UE. Tens também uma taxa de pobreza superior à média da UE (16%) o que coloca Portugal na lista negra dos países desenvolvidos. É nas famílias numerosas e na população idosa que encontramos o maior número dos mais pobres em Portugal.
Mas há novos pobres, pessoas com emprego mas cujo salário não chega para as necessidades. E isto quando temos uma classe média a tender para o desaparecimento e as estatísticas do INE revelam ainda que, sem as pensões de reforma e as transferências sociais do Estado, mais de quatro milhões de portugueses estariam em risco de pobreza.
Por seu lado a presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, Isabel Jonet, garante também que há hoje mais pessoas a pedir ajuda alimentar do que em anos anteriores.
Estamos num mundo profundamente injusto em que a persistência da pobreza e da desigualdade não tem justificação. Somos a primeira geração que pode erradicar a pobreza. Existem meios, tecnologias, desenvolvimento suficientes para tal. Porém o crescimento económico espectacular gerado nos últimos anos não contribuiu para garantir os direitos humanos nem para melhorar as condições de vida em todas as regiões do mundo, nem para todas as pessoas seja qual for a sua condição, género, raça, ou cultura. Pelo contrário, aumentou a desigualdade e a injustiça. E tudo isto porque há falta de vontade política por parte dos Estados.
Em 2000, durante a assembleia geral da ONU, 189 chefes de Estado e de Governo assinaram a Declaração do Milénio que levou à formulação de 8 objectivos de desenvolvimento específicos, a alcançar até 2015, objectivos, estes que podem ser resumidos da seguinte forma:
1- Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome. 2- Alcançar o ensino primário universal. 3- Promover a igualdade entre os sexos. 4- Reduzir em dois terços a mortalidade de crianças. 5- Reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna. 6- Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças graves. 7- Garantir a sustentabilidade ambiental. 8- Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento. Passaram-se cinco anos e os líderes políticos continuam a não cumprir as suas promessas. Por isso, sob o lema “Pobreza Zero”, surge uma campanha que apela à sociedade para que se mobilize, actue e pressione os líderes políticos, e exija, como primeiro passo para a erradicação da pobreza, o cumprimento dos ODM (Objectivos de Desenvolvimento do Milénio). Em Setembro de 2005, a Assembleia Geral da ONU apresentou um relatório sobre o grau de cumprimento e incumprimento relativo aos ODM, durante a cimeira do Milénio e onde está patente a vontade dos países em envolver-se na luta contra a pobreza global.
Segundo dados da "Global Call Against Poverty" (designação internacional da campanha "Pobreza Zero"), a manter-se este estado de coisas, cerca de 45 milhões de crianças morrerão; 247 milhões de pessoas na África subsariana terão de sobreviver com menos de um dólar por dia, e mais de cem milhões de meninas e meninos continuarão sem ir à escola. Na resolução final da cimeira extraordinária das Nações Unidas, que decorreu em Nova Iorque, de 14 a 16 de Setembro, estes números ficaram sem respostas concretas e metas quantificáveis. Mais uma vez ali se reafirmaram compromissos anteriores, aprovaram listas de boas intenções e se inscreveu na história da ONU uma nova oportunidade perdida ou um recorrente fracasso.Quando o mundo se confronta com ameaças globais que vão do terrorismo à degradação ambiental, da proliferação nuclear à insegurança alimentar ou a novas pandemias, a pobreza extrema representa o fenómeno mais ilustrativo da incapacidade dos diversos poderes ou classes dirigentes para colocarem como prioridade o primado do direito de todos ao desenvolvimento.
Chegou, pois, a hora dos discursos se transformarem em soluções práticas. Não podemos ficar indiferentes ou ignorar que uma pobreza irreversível ganha cada vez mais terreno, nos envergonha e diminui como seres humanos.
Estás ainda sentado? Levanta-te!
Mas há novos pobres, pessoas com emprego mas cujo salário não chega para as necessidades. E isto quando temos uma classe média a tender para o desaparecimento e as estatísticas do INE revelam ainda que, sem as pensões de reforma e as transferências sociais do Estado, mais de quatro milhões de portugueses estariam em risco de pobreza.
Por seu lado a presidente da Federação dos Bancos Alimentares contra a Fome, Isabel Jonet, garante também que há hoje mais pessoas a pedir ajuda alimentar do que em anos anteriores.
Estamos num mundo profundamente injusto em que a persistência da pobreza e da desigualdade não tem justificação. Somos a primeira geração que pode erradicar a pobreza. Existem meios, tecnologias, desenvolvimento suficientes para tal. Porém o crescimento económico espectacular gerado nos últimos anos não contribuiu para garantir os direitos humanos nem para melhorar as condições de vida em todas as regiões do mundo, nem para todas as pessoas seja qual for a sua condição, género, raça, ou cultura. Pelo contrário, aumentou a desigualdade e a injustiça. E tudo isto porque há falta de vontade política por parte dos Estados.
Em 2000, durante a assembleia geral da ONU, 189 chefes de Estado e de Governo assinaram a Declaração do Milénio que levou à formulação de 8 objectivos de desenvolvimento específicos, a alcançar até 2015, objectivos, estes que podem ser resumidos da seguinte forma:
1- Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome. 2- Alcançar o ensino primário universal. 3- Promover a igualdade entre os sexos. 4- Reduzir em dois terços a mortalidade de crianças. 5- Reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna. 6- Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças graves. 7- Garantir a sustentabilidade ambiental. 8- Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento. Passaram-se cinco anos e os líderes políticos continuam a não cumprir as suas promessas. Por isso, sob o lema “Pobreza Zero”, surge uma campanha que apela à sociedade para que se mobilize, actue e pressione os líderes políticos, e exija, como primeiro passo para a erradicação da pobreza, o cumprimento dos ODM (Objectivos de Desenvolvimento do Milénio). Em Setembro de 2005, a Assembleia Geral da ONU apresentou um relatório sobre o grau de cumprimento e incumprimento relativo aos ODM, durante a cimeira do Milénio e onde está patente a vontade dos países em envolver-se na luta contra a pobreza global.
Segundo dados da "Global Call Against Poverty" (designação internacional da campanha "Pobreza Zero"), a manter-se este estado de coisas, cerca de 45 milhões de crianças morrerão; 247 milhões de pessoas na África subsariana terão de sobreviver com menos de um dólar por dia, e mais de cem milhões de meninas e meninos continuarão sem ir à escola. Na resolução final da cimeira extraordinária das Nações Unidas, que decorreu em Nova Iorque, de 14 a 16 de Setembro, estes números ficaram sem respostas concretas e metas quantificáveis. Mais uma vez ali se reafirmaram compromissos anteriores, aprovaram listas de boas intenções e se inscreveu na história da ONU uma nova oportunidade perdida ou um recorrente fracasso.Quando o mundo se confronta com ameaças globais que vão do terrorismo à degradação ambiental, da proliferação nuclear à insegurança alimentar ou a novas pandemias, a pobreza extrema representa o fenómeno mais ilustrativo da incapacidade dos diversos poderes ou classes dirigentes para colocarem como prioridade o primado do direito de todos ao desenvolvimento.
Chegou, pois, a hora dos discursos se transformarem em soluções práticas. Não podemos ficar indiferentes ou ignorar que uma pobreza irreversível ganha cada vez mais terreno, nos envergonha e diminui como seres humanos.
Estás ainda sentado? Levanta-te!
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