29 novembro 2007
O Respeito pelo Eleitor...
O presidente da Câmara de Lisboa admite resignar ao cargo, se o PSD inviabilizar na Assembleia Municipal o empréstimo de 500 milhões de euros à autarquia. «Está em causa a governabilidade de Lisboa», afirma Costa. Ouvido pelo SOL, o líder da bancada social-democrata, admite o chumbo, na reunião da próxima terça-feira
O PSD votou hoje contra o empréstimo de 500 milhões à câmara de Lisboa. O empréstimo foi aprovado na reunião da câmara, mas é preciso ainda que uma nova votação o viabilize, na Assembleia Muncipal, onde os sociais-democratas têm maioria.
O líder da bancada laranja, ouvido pelo SOL, não enjeita a hipótese de o PSD vir a chumbar o empréstimo. «As nosssas votações na câmara e na assembleia municipal têm sido coerentes e concertadas», lembrou Saldanha Serra. «E não há razões para que deixem de o ser», acrescentou o deputado municipal.
A hipótese de chumbo é levada a sério por António Costa.
O socialista considerou o voto contra do PSD na reunião da câmara desta tarde «um facto da maior gravidade política» e avisou que se o empréstimo for chumbado na Assembleia Municipal estará em causa a «sustentabilidade do município e a governabilidade da cidade».
Costa fez estas declarações numa conferência de imprensa, que convocou de surpresa, à margem da reunião da câmara. Questionado se poderia estar em causa a sua renúncia ao cargo, respondeu: «Não podemos excluir nenhum cenário».
Em causa está o empréstimo de 500 milhões de euros, a conceder pela CGD, em duas tranches, para pagamento de dívidas a fornecedores. A primeira, de 360 milhões servirá para o pagamento de dívidas de curto prazo.
A segunda tranche, no valor de 140 milhões será aplicada no pagamento de dívidas que neste momento estão em contencioso. Esta parte do empréstimo só poderá ser usada após a aprovação da câmara e da assembleia municipal.
Na votação desta tarde, na câmara de Lisboa, votaram a favor do empréstimo o PS, o BE, o PCP e o movimento «Cidadãos por Lisboa», de Helena Roseta.
O movimento cívico liderado pelo anterior presidente, Carmona Rodrigues, absteve-se, e o PSD votou contra, por contestar o valor do empréstimo.
António Costa sublinha que o dinheiro se destina a pagar dívidas da exclusiva responsabilidade dos executivos anteriores e é essencial a sua contratação. Lembrou também que o empréstimo faz parte do plano de financiamento financeiro, aprovado na Assembleia Municipal. in Sol
Dívidas da câmara foram contraídas por João Soares
Sá Fernandes e Helena Roseta apoiam António Costa
Como diz o outro, isto sim é democracia.
Saudações Paulenses
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