Kaos em Lisboa

19 fevereiro 2008

Kaos em Lisboa

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O ministro do Ambiente responsabilizou hoje as autarquias pelas cheias e complicações de trânsito registadas durante a madrugada e manhã, na sequência das fortes chuvas, considerando que o ordenamento do território já não representa um sério problema em Portugal. Esta perspectiva já mereceu algumas críticas, designadamente por parte da presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, e do arquitecto Ribeiro Telles.

A associação ambientalista Quercus contestou esta segunda-feira as declarações do ministro do Ambiente, Francisco Nunes Correia, que culpabiliza as autarquias pelas inundações ocorridas hoje e nega que exista um problema de ordenamento do território.

Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus, defende que as inundações e as complicações de trânsito registadas esta segunda-feira, decorrentes das fortes chuvas caídas durante a madrugada, devem-se ao mau ordenamento do território e a "muitos erros" ao nível da prevenção de calamidades como, cheias, erosões ou deslizamento de terras em zonas de declives elevados.

O dirigente da Quercus realça que estas cheias são “uma oportunidade de percebermos porque é que a Reserva Ecológica Nacional é tão importante em termos de preservação”.

“É à custa de não termos uma estrutura de espaços verdes, de zonas que permitam a infiltração das águas nas cidades, a par de problemas de drenagem, que tivemos este episódio”, acrescenta o ambientalista.

Nota: Mais uma discussão para encontrar culpados e não resolver assuntos sérios.