29 julho 2008

Festival Jota

Segunda edição do evento no santuário do Paul

Festival Jota aposta em “divertimento saudável”

Sejam jovens ou velhos, venham em família, com amigos ou sozinhos, todos são bem-vindos, desde que desejem aprender os ensinamentos de Jesus


A ideia partiu da diocese da Guarda e como a primeira edição foi um sucesso, em 2007, organizou-se este fim-de-semana o II Festival Jota, junto ao santuário do Paul. A iniciativa é principalmente destinada a jovens, “mas todos são bem-vindos desde que desejem aprender os ensina-mentos de Jesus”, explica ao Diário XXI o padre Jorge Castela. Por isso, este é um “festival da diferença, não é como os festivais de Verão que vemos na televisão, porque o que nos une é Deus”.
Um motivo que leva Álvaro Ramos e Tiago Santos, de Aveiro, a preferir participar no Jota do que noutros festivais de Verão. “Ao virmos aqui temos um propósito e quando formos para casa o festival não terá terminado para nós, porque levamos contactos de outros grupos de jovens católicos para fazermos iniciativas em conjunto. Criámos elos”, sustenta Tiago. O convívio e a calma são os motivos que levam estes visitantes a participarem no Festival Jota, segundo também sublinha Elisabete Lopes e André Pires, de 33 e 15 anos, respectivamente, ambos do grupo Pastoral de Vale de Estrela, Guarda.

“MALUQUICE SAUDÁVEL”
O festival é “uma forma de acompanhar a evolução da sociedade e os desejos dos jovens, usando a sua linguagem para lhe levar a palavra de Jesus”, realça o Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro, e membro do Departamento da Pastoral Juvenil. Mas “também há maluquice”, realça o padre Jorge Castela, “só que saudável, porque nem sequer há bebidas alcoólicas”.
Também as bandas e a música são diferentes do que é apresentado noutros festivais de Verão. No Jota pretende-se promover “boa” música religiosa e “artistas com qualidade que ainda não são conhecidos”. A Banda Jota, de que Jorge Castela é membro, é um dos exemplos, assim como Simplus, Don José - “el cura roquero”, Kyrios, os evangélicos “Sopro de Vida” e as cantoras espanhola e brasileira Bea e Adrelle Lopes, respectivamente. E quem pensa que se trata apenas de canto gregoriano, desengane-se, pois há desde funk até ao rock.

Cristoteca,
a discoteca de Cristo
David Bento, 20 anos, faz parte da Pastoral Juvenil de Vizela (Porto) e passa música “normal” num bar da sua terra. Para a edição de 2008 do Jota, lançaram-lhe um desafio: “Ser o DJ da Cristoteca”. Espaço que foi uma das novidades desta edição, onde passou música de inspiração cristã misturada com as batidas da música tecno. Assim, nasceu o DJ Benedictus, que tenta que “em cada batida Cristo esteja presente”. Na «playlist» surgem nomes de artistas como Don José – “el cura roquero”, padre João Paulo Vaz e Claudine Pinheiro.

“Há Leluias”
Na tenda “Francamente” os trocadilhos com as palavras marcam a diferença, desde logo com um novo produto. No aviso lia-se: “Há Leluias”. Trata-se de um biscoito de limão que é acompanhado por um copo de chá, uma “invenção” de Susana Ferreira e mais dois amigos, que se dedicam também a promover diversos jogos e brincadeiras para crianças junto à tenda “Francamente”. Mas para além das Leluias, há ainda um concurso de shots de chá. “Como é servido em copos pequenos como os dos shots, nasceu a ideia da prova”, explica. O concurso consiste em beber quatro shots de chá com uma palha de quase um metro e quem for o mais rápido é o vencedor.

Heavy metal pode conciliar-se com religião
Francisco Calado é o baterista de uma das bandas que foi actuar ao Jota, os “Soldados de Cristo”. Tocam rock para transmitir a mensagem de Jesus junto dos jovens, um estilo musical um pouco diferente das influências que prefere ouvir em casa, mas que, na sua opinião, não são opostas. Francisco Calado, 17 anos, gosta de Iron Maiden e passeia-se pelo recinto do festival com uma t-shirt desta banda “para marcar uma posição”: ambos os estilos e mensagens podem ser conciliadas. “Os Iron Maiden podem tocar música um pouco mais agressiva, mas acho que a mensagem pode ser compatível com a religião”, defende.

Nota: Que no próximo ano voltem com o mesmo entusiasmo.

3 Rebolos:

Asno disse...

Bem, se os soldados de Cristo forem os cruzados da igreja, andor com o Heavy Metal.

Mas também já vimos que a igreja de hoje pouco tem a ver com as práticas de Cristo, Infelizmente.
Se o JC viesse cá hoje, teria de trazer um exército de anjos para escorraçar os mercadores dos templos.

29/7/08 02:31
Anónimo disse...

E também alguns "asnos" que por aqui andam!!

29/7/08 14:45
Asno disse...

O S,pedro se tem alguma coisa de jeito para comentar,subordinado ao post,comente.Senão esteja caladinho que desta casa ainda não lhe demos chave.

Amen

30/7/08 19:32