03 outubro 2008

Ponte e PDM discutidos na Assembleia de Freguesia

O alargamento da Ponte do Paul, que já começou com a demolição da casa contígua à mesma e a discussão recorrente do PDM, foram os temas denominantes. A segurança ou falta dela no tabuleiro da ponte, emergiu como preocupação dos autarcas. Quanto às obras do alargamento dizem ser necessárias mas insuficientes para desbloquearem o trânsito dentro da malha urbana da vila.
Na última Assembleia de Freguesia do Paul, que teve lugar na passada sexta-feira 26, alguns autarcas já começaram a falar em campanha para as eleições autárquicas e 2009, mas nem isso “aqueceu” o ambiente só um pouco mais “ efervescente” quando se discutiu o PDM e as obras da Ponte do Paul.
Logo a abrir os trabalhos, o autarca da CDU Vítor Reis Silva, partilhou algumas das suas preocupações sobre problemas como: a drenagem das águas na Ponte do Paul, o mau funcionamento dos esgotos do Sumegral, entre outros, que mereceu por parte do executivo paulense uma tomada de posição, “ já contactamos as entidades competentes para resolverem as situações referidas, da nossa parte, continuaremos atentos e pensamos que estes problemas serão solucionados o mais rápido possível”. Esclareceu presidente da Junta de Freguesia do Paul, Leonor Cipriano.
Na verdade já se tinha abordado ao de leve as obras de alargamento da Ponte do Paul, entretanto iniciadas com a demolição da casa contigua á mesma que gerou tanta polémica, mas este foi um tema que os autarcas exploraram mais profundamente, alertando para a falta de segurança, nomeadamente, para os jovens que diariamente atravessam esta ponte oriundos do Agrupamento de Escolas Entre – Ribeiras do Paul.
Segurança descuidada na ponte
Objectivamente, a empresa que iniciou os trabalhos não teve a preocupação de vedar a parte demolida com os muros laterais da ponte, incorrendo assim numa situação potencialmente perigosa para os mais distraídos.
Com efeito, na sua intervenção sobre a actividade da autarquia a presidente Leonor Cipriano, reconheceu a urgência de resolver-se esta situação face à sua perigosidade para os transeuntes, “ já contactamos a empresa no sentido de vir tomar providencias necessárias e acautelar a segurança das pessoas, por outro lado, a ponte vai ficar interdita a pesados e os ligeiros irão atravessar a ribeira por uma via alternativa. Sabemos que estas obras causam sempre algum incómodo mas julgo que todos compreenderão a sua necessidade”. Esclareceu a autarca
Na resposta o autarca da CDU lembrou, “ a obra é necessária no curto prazo, mas deve ser preservado o património da ponte, designadamente os seus arcos. No entanto, este alargamento, resolve alguma coisa mas não resolve tudo, por exemplo a circulação de pesados na rua do Fundo do Povo. Assim, a construção de uma ponte nova mais jusante iria permitir melhorar o trânsito dentro da malha urbana da vila.” Asseverou Vítor Reis Silva.
Outra das novidades avançadas pelo executivo foi a aprovação de um Programa de Estágios Profissionais na Administração Local – PEPAL, que permite a colaboração com a autarquia de três jovens ligados à economia, arquitectura e engenharia civil, estando já a trabalhar no levantamento de alguns imóveis da Junta de Freguesia para proceder aos respectivos licenciamentos e melhoramentos entre os quais avultam a Fonte Conselho, Posto da GNR e Campo de Futebol, sendo que, esta colaboração com a autarquia é também extensível à população em geral.
Uma vez mais Vítor Reis Silva, contrapôs, argumentando,” estes jovens são necessários, mas não podemos esquecer que a nossa população tem muitos idosos que se dedicam aos terrenos agrícolas, dai que devem serem apresentadas candidaturas de projectos nesta área, até para requalificar regadios entre outras necessidades.”
PDM estrangula crescimento
È claro que de seguida a discussão resvalou para um assunto recorrente: o Plano Director Municipal (PDM). Aqui, o autarca da CDU foi mais contundente,” na área da Covilhã parece não existir dificuldades de maior para se construir. Nem se dá conta das reservas ecológicas ou agrícola. Aqui no Paul, por causa do PDM, ora os eventuais terrenos de construção estão em reserva agrícola, ora estão na reserva ecológica. No fundamental, assiste-se ao estrangulamento do crescimento da área habitada, resultante de um PDM que não é mais do que um “ colete-de-forças” e que há muito devia estar revisto”. Denuncia Reis Silva.
Reconhecendo por um lado a necessidade de rever-se o PDM e por outro relembrando que este já teve uma discussão publica pouco participada, o executivo fez saber que iria aproveitar a presença dos jovens que estão colaborar com a autarquia paulense ao abrigo do PEPAL, para elaborar um conjunto de sugestões que irá posteriormente apresentar à Câmara Municipal da Covilhã.
A chefe da autarquia paulense, quis ainda garantir à nossa reportagem que remodelação do cemitério continua na ordem do dia e é uma obra prometida ainda para este mandato, “ sei que muitos paulenses, principalmente os mais idosos estão preocupados com a falta de lugares no cemitério, mas quero afirmar que este problema para já não se põe e continuamos a trabalhar afincadamente para iniciarmos as obras no mais curto espaço de tempo.
Importará dizer ainda que a construção de uma nova ponte mais jusante da actual não está posta de parte, contudo, urgia arranjar uma solução para o imediato e dai que em breve iremos ter concluído as obras da Ponte da Freguesia, a assumir grande importância para a nossa terra, pela segurança que trará aos transeuntes e pelo melhoramento das vias de acesso à freguesia”.Assegurou Leonor Cipriano.
Aproveitando o facto de falar-se na Assembleia de Freguesia nas Eleições Autárquicas 2009, interpelámos esta autarca sobre uma eventual recandidatura ao cargo que desempenha, mas Leonor Cipriano foi taxativa,” ainda não pensei nisso. Não tenho nenhuma resposta para dar, até porque ainda falta um ano e temos muito trabalho pela frente”. Rematou a autarca.

Inforpaulense