05 junho 2009

Contrariedades Covilhanenses

O autarca respondia à oposição durante a reunião da assembleia municipal que aprovou por maioria, com os votos contra do PS, CDU e Bloco de Esquerda, a venda de 49 por cento da Empresa Municipal Águas da Covilhã ao agrupamento AGS/Hidurbe (grupo Somague).

Carlos Pinto prometeu ainda acautelar a situação dos trabalhadores da empresa e os tarifários de consumo de água. "Vai haver um elemento da empresa no conselho de administração e dois do município. As decisões serão tomadas por maioria", referiu.

Apesar das garantias, a oposição receia que os interesses privados "passem a pesar na factura dos consumidores", referiu José Oliveira, do PS.

CDU e Bloco de Esquerda anunciaram mesmo que vão remeter o processo de venda aos tribunais por duvidarem da sua legalidade.

O presidente da Câmara anunciou que, "apesar de não ser obrigatório", a autarquia vai enviar o processo de venda às Inspecções Gerais de Finanças e de Administração do Território e ao Tribunal de Contas.

À porta da assembleia e na sala estiveram algumas dezenas de pessoas que protestaram contra a venda.

Mariana Morais, porta-voz do grupo, criticou o aumento "de 130 por cento na factura da água, saneamento e resíduos, desde 2001", o que explica como "uma preparação para a privatização".