24 agosto 2007

Covilhanices

Beira Interior registou 12 incêndios

Ao final da tarde de ontem todos os fogos estavam em fase de rescaldo e sob vigilância dos bombeiros

O incêndio que anteontem deflagrou em Pinhaços, concelho de Seia (Guarda) mantinha-se ainda sob vigilância ao final da tarde de ontem. À hora do fecho desta edição, as causas e prejuízos estavam ainda por apurar, de acordo com o comandante interino da GNR da Guarda, Cunha Rasteiro. O alerta foi lançado às 20h50, tendo sido combatido aproximadamente durante quatro horas, por uma centena de bombeiros de corporações do distrito da Guarda e de Viseu, apoiados por 28 viaturas.

Segundo o comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro da cidade mais alta, António Fonseca, o incêndio chegou a ter duas frentes activas, sendo que uma delas se dirigiu para a localidade de Lages. Mas, segundo garantiu este responsável, “nenhuma habitação esteve em risco”, acrescentando que “qualquer incêndio em Seia pode chegar rapidamente perto de casas, porque é um concelho muito povoado e há quintas espalhadas por todo o lado”.

O vento, que chegou a soprar com alguma intensidade, e o declive do terreno foram as principais dificuldades sentidas pelos bombeiros no combate às chamas, contou ainda o comandante.

AAUBI contra crédito, FACB a favor

O presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior opõe-se à medida, porque acredita ser “o caminho para a desresponsabilização do Estado” no Ensino Superior. Federação Académica do Instituto Politécnico de Castelo Branco “sempre foi a favor”

A Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) “está contra” a criação de um sistema automático de empréstimos para os estudantes do Ensino Superior até 25 mil euros, aprovado ontem pelo Governo, disse ao Diário XXI o seu presidente, Fernando Jesus. Os créditos serão concedidos sem garantias e com juros mais baixos para alunos com melhores notas.

"Trata-se de criar melhores condições de acesso ao ensino superior e mais condições de justiça social e igualdade de oportunidades", afirmou o primeiro-ministro, José Sócrates, no final da reunião do Conselho de Ministros que aprovou o decreto-lei que cria "um sistema específico de empréstimo a estudantes e bolseiros do ensino superior".

"Não se trata de substituir a acção social escolar, é algo mais, que a aumenta e complementa", salientou. A este propósito, o ministro do Ensino Superior, Mariano Gago, adiantou que as verbas para a acção social escolar, "que financia os estudantes mais carenciados a fundo perdido", serão reforçadas no Orçamento de Estado para 2008. "Os fundos para as bolsas vão aumentar", especificou.

No entanto, estas declarações não deixam Fernando Jesus descansado. “Este novo sistema é o caminho para a desresponsabilização do Estado” no Ensino Superior, defende o dirigente estudantil. “Apesar de não o admitirem, esta medida foi criar uma porta aberta para a alteração futura da Acção Social na próxima legislatura”, após as legislativas de 2009, acredita Fernando Jesus.

O presidente da AAUBI apela aos estudantes que vejam o crédito como “o último dos recursos”, pois considera que “a prioridade na ajuda aos alunos com menos condições financeiras deve ser através dos Serviços de Acção Social”.

Castelo Branco perde população

E a Guarda conhece um aumento substancial

Entre 2003 e 2006 Castelo Branco perdeu 5.14 habitantes, correspondente a uma perda de 0,8% de população. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) num estudo que revela que pela primeira vez há uma quebra demográfica em 20 das principais cidades, capitais de regiões autónomas e distritos.

Além de Castelo Branco encontram-se outras nove cidades que perderam população: Lisboa, Porto, Coimbra, Funchal, Ponta Delgada, Évora, Beja, Portalegre e Bragança.

No sentido oposto, Guarda viu a sua população subir substancialmente (44 264).

Segundo os dados, veiculados pelo jornal Correio da Manhã, Lisboa terá até o final do ano menos de meio milhão de habitantes, tendo em conta a quebra demográfica registada nos últimos três anos. A capital perde, por ano, dez mil pessoas. No Porto, a queda ronda os seis mil anuais.

Cidades com aumento de população

Segundo o jornal, Aveiro teve um aumento de apenas 38 habitantes (73 559 no total), Santarém, com mais 36 (64 054), e Vila Real, com um acréscimo de 126 (50 423), entraram num ciclo de quase estagnação.

Sete outras cidades viram as populações dos seus concelhos subir de forma substancial: Braga (173 946 população total), Viana do Castelo (91 238), Viseu (98 167), Guarda (44 264), Leiria (127 035), Faro (58 664) e Setúbal (122 554).

PERDAS DE POPULAÇÃO

PORTO: 244 998 (2003) / 227 790 (2006) / -7% (variação)

LISBOA: 540 022 (2003) / 509 751 (2006) / -5,7% (variação)

COIMBRA: 143 829 (2003) / 139 083 (2006) / -3,3% (variação)

PORTALEGRE: 24 929 (2003) / 24 348 (2006) / -2,3% (variação)

FUNCHAL: 101 256 (2003) / 99 759 (2006) / -1,8% (variação)

CASTELO BRANCO: 55 088 (2003) / 54 574 (2006) / -0,8% (variação)

BEJA: 34 977 (2003) / 34 776 (2006) / -0,6% (variação)

ÉVORA: 55 607 (2003) / 55 420 (2006) / -0,4% (variação)

PONTA DELGADA: 64 602 (2003) / 64 384 (2006) / -0,4% (variação)

BRAGANÇA: 34 696 (2003) / 34 628 (2006) / -0,2% (variação)

Causas da queda demográfica

Refere-se que quebra demográfica resulta, sobretudo, da saída das cidades dos mais jovens. Este movimento demográfico tem, contudo, custos elevados pela necessidade de construção de escolas e unidades de saúde e consequente encerramento de outros existentes nas cidades por falta de utentes.

Segundo as últimas estimativas do INE, Lisboa tinha em finais de 2006 uma população de 509 000 pessoas, menos 5,7% do que em 2003. O Porto com 227 000 registou uma redução de 7%. No concelho de Coimbra, a perda foi de 3,3% contando agora com 139 000 habitantes. Funchal desceu para 99 000 habitantes, com uma quebra de 1,8%.

A nível nacional a população desceu ou estagnou em todos os distritos do Interior bem como nos de Coimbra e Viana do Castelo. Açores e Madeira subiram 1%. Os distritos de Faro (4%), Setúbal (3%) e Leiria (2%) lideraram crescimento.

Dados complementares

- 10 599 milhões vivem em Portugal segundo as últimas estimativas do Instituto Nacional de Estatística referente a Dezembro de 2006. Um subida de 1,2%, resultante sobretudo da chegada de imigrantes.

- 1,828 milhões de pessoas com mais de 65 anos. Valor superior ao de menores de 14 anos, que são 1,637 milhões.

Taxa municipal suporta equipas de intervenção

Distrito da Guarda é prioritário, C. Branco segue em 2008

Segundo o Jornal de Notícias, a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP), defende que o funcionamento das Equipas de Primeira Intervenção (EPI) de bombeiros deverá ser parcialmente suportado pelos munícipes dos concelhos onde venham a ser criadas, pelo que deverá ser aplicada uma taxa por prestação de serviços de protecção civil – prevista na Lei nº 53-E/2006 desde Dezembro – nos concelhos que avancem com a constituição destas equipas profissionalizadas.

O protocolo enquadrador da constituição das EPI foi assinado em Abril entre a ANMP, representada por Marta Soares, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e a Liga dos Bombeiros Profissionais e prevê a criação progressiva de 200 EPI até 2009, 60 das quais este ano. O distrito da Guarda é um dos cinco considerados prioritários, já para este ano, e Castelo Branco seguirá numa segunda fase, em 2008.

"Faz todo o sentido associar as duas coisas. Se vão suportar a 50% as equipas, os municípios têm de ter recursos para o respectivo financiamento", refere àquele jornal Jaime Marta Soares, do conselho directivo da ANMP que também acusa a Secretaria de Estado da Administração Local (SEAL) de atraso na elaboração de um regulamento-tipo, que inicialmente se previa estar concluído em Maio.

A nova oportunidade de aprender

Programa Novas Oportunidades aproveitado na Covilhã

O Programa Novas Oportunidades foi lançado no início de 2005 e neste momento regista mais de 250 mil inscrições. Com esta iniciativa o Governo prevê qualificar um milhão de activos até 2010. Na Covilhã, há quem esteja a aproveitar esta hipótese de voltar à escola

“É mesmo uma grande oportunidade para quem não pôde estudar mais. Pelas circunstâncias da época apenas completei a antiga quarta classe e frequentar este curso é como voltar à escola”. É este o sentimento de Maria de Jesus, uma das futuras alunas dos cursos Novas Oportunidades. A ainda jovem habitante da Covilhã, apenas 42 anos, foi forçada a deixar a escola bem cedo, fruto de circunstancialismos bem característicos do Portugal dos anos 70 e 80. Se a mais recente geração enfrenta algumas dificuldades para completar o 12ºAno, e se muitos deles o fazem de forma um tanto ao quanto “atabalhoada”, Maria de Jesus teve de completar a escolaridade obrigatória numa época “onde os estudos eram reservados aos ricos” e as dificuldades de transporte acrescidas. Mas nem assim desistiu e foi até onde pôde. “Actualmente o Governo possibilita que cada aluno carenciado tenha um computador por apenas 150 euros, mas no meu tempo nem havia ajudas nem dinheiro para livros e material escolar”, desabafa.

Rio Maior: o primeiro jogo a “sério” do novo Covilhã

Arranca domingo o campeonato

É já este domingo que se inicia o campeonato nacional da segunda divisão. O Sporting da Covilhã, depois de uma pré-época irregular, em termos de resultados, tenta, frente ao Rio Maior ganhar os primeiros três pontos para regressar à Liga de Honra

O desafio foi deixado há mais de um mês, aquando da apresentação do plantel serrano. Tanto José Mendes, presidente do Sporting da Covilhã, como o treinador da equipa, Cunha, pensam em chegar, no fim da época, aos jogos decisivos que poderão ditar ou não o regresso do clube à Liga de Honra.

Depois de uma pré-época não muito feliz em termos de resultados (vitórias frente ao Unhais, uma frente ao Castelo Branco e uma última no domingo frente ao Penalva do Castelo), o Covilhã tem já neste domingo, pelas 17 horas, um desafio a sério, frente ao Rio Maior, onde tentará conquistar os primeiros três pontos da primeira fase do campeonato. Nos jogos de preparação, os serranos venceram por duas vezes o Unhais, da Terceira Divisão, perderam e ganharam contra uma equipa do seu campeonato, o Benfica e Castelo Branco, empataram e venceram contra o Penalva (também do seu campeonato) e obtiveram animadores empates com equipas de outra valia, como o Gondomar ou Olivais e Moscavide. Apenas a derrota de 4-1 na Naval foi um pouco pesada. É certo que em muitos jogos Cunha experimentou soluções, pondo a actuar jogadores que dificilmente serão escolhidos para o onze que iniciará a época e que será base do conjunto serrano. Mas agora, num campeonato em que é importante entrar bem, e a ganhar, os novos reforços terão que mostrar o porquê das suas contratações.

É que esta é uma temporada em que o campeonato se disputa de forma diferente. Depois de 23 jornadas, que terminam a 24 de Fevereiro, apenas os seis primeiros (com metade dos pontos obtidos até então) desta primeira fase irão lutar entre si para chegar aos jogos decisivos que ditarão a subida à Liga de Honra. As restantes oito equipas irão lutar para descer.










In Noticias da Covilhã, Kaminhos, Diário XXI

Saudações Paulenses