30 agosto 2007
Ultimos Alfaiates da Covilhã
Na década de 70 eram cerca de nove os alfaiates na Covilhã. Hoje restam apenas dois. Os clientes são os mesmos, mas há quem continue a procurar os seus serviços. O que falta são novos aprendizes
António Catrapão, 55 anos, é alfaiate. José Mendes, 63 anos, é alfaiate. São os últimos na Covilhã e provavelmente dos arredores. Dedicaram uma vida à arte da alfaiataria. Uma actividade, segundo dizem, pouco divulgada e pouco valorizada. António não sabe ao certo precisar há quanto tempo trabalha como alfaiate. Já perdeu os anos que dedicou a esta actividade. “Talvez uns 40 anos”, afirma. António só estudou até à quarta classe. A vida era cara e desde cedo era obrigado a contribuir para o orçamento familiar. “Ou se ia para uma fábrica ou se aprendia uma profissão”, refere. Após concluir a quarta classe e por vontade dos pais, António seguiu este rumo. A sua mãe era costureira e trabalhava para um alfaiate. Aos onze anos António deu os primeiros passos. António refere que esta não era a actividade que gostaria de exercer “teve de ser e foi o que estava mais à mão”, acrescenta. Antigamente os alfaiates aqui daqui da cidade tinham como referência a Dielmar, “como exemplo dos mais altos valores de qualidade e rigor”, acrescenta António. Foi em 1980, há 27 anos que António abriu o seu atelier de costura. Recorda com saudosismo o tempo em que existiam cerca de doze alfaiates na Covilhã. Hoje apenas está ele e o colega José Mendes.
Outrora António teve duas empregadas a trabalhar a tempo inteiro para si mas por razões de falta de trabalho viu-se obrigado a prescindir das mesmas. Assim há quinze anos que trabalha sozinho no seu atelier “António’s Alfaiate”. A partir da década de 90 houve um retorno no trabalho sobretudo devido à implementação do salário mínimo que obrigou muitas oficinas a reduzirem os postos de trabalho. Depois os prontos-a-vestir que rapidamente se expandiram pela cidade. Com produtos acessíveis a todas as bolsas, de qualidade e como uma variedade de produtos e uma gama variada de novos estilos e padrões. Incapazes de competir com a rapidez e os preços do pronto-a-vestir, os serviços dos alfaiates tornaram-se num luxo reservado só para alguns"...
in Noticias da Covilhã
Saudações Paulenses
Outrora António teve duas empregadas a trabalhar a tempo inteiro para si mas por razões de falta de trabalho viu-se obrigado a prescindir das mesmas. Assim há quinze anos que trabalha sozinho no seu atelier “António’s Alfaiate”. A partir da década de 90 houve um retorno no trabalho sobretudo devido à implementação do salário mínimo que obrigou muitas oficinas a reduzirem os postos de trabalho. Depois os prontos-a-vestir que rapidamente se expandiram pela cidade. Com produtos acessíveis a todas as bolsas, de qualidade e como uma variedade de produtos e uma gama variada de novos estilos e padrões. Incapazes de competir com a rapidez e os preços do pronto-a-vestir, os serviços dos alfaiates tornaram-se num luxo reservado só para alguns"...
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Saudações Paulenses
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