30 agosto 2007

Comercio Tradicional da Covilhã

Estacionamento à borla não resolve todos os problemas

Comerciantes da Rua Direita querem mais medidas

Apesar de exultarem a medida, os comerciantes da Rua Direita acreditam que ainda há muita coisa por fazer em benefício do comércio tradicional e “desafiam” a autarquia a mudar os parquímetros para a zona do Serra Shopping

“Foi a melhor medida que podiam ter feito. As pessoas param e não abusam no tempo do estacionamento”. Estas são as palavras de Ana Maria Gabinete, comerciante desde há muitos anos na tradicional Rua Direita. Convencida de que “esta medida é muito positiva”, a proprietária das sapatarias com o seu apelido acredita que “15 minutos são suficientes e esta decisão acaba por dar mais movimento à parte de cima da cidade.” Contudo, e no que se refere ao repto lançado pelo presidente da autarquia covilhanense, que desafiara aos comerciantes a oferecer aos clientes o estacionamento nos silos ou nas zonas com parquímetros, os lojistas acreditam que o comércio tradicional atravessa uma fase difícil, pelo que os custos desta medida acabar-se-iam por revelar incomportáveis com a actual conjuntura económica. “O estacionamento na parte nova da cidade é gratuito. Aqui não o é e neste momento é esta zona que necessita de mais atractividade, pelo que têm de tirar os parquímetros do Jardim Público e pô-los lá em baixo”, sublinha João Morais, funcionário da loja Camolino De Walt. Assim, e apesar de considerarem a retirada dos “pinocos” e a autorização do estacionamento durante 15 minutos como uma “medida positiva”, os comerciantes reiteram que “há outras coisas por fazer se querem salvar o comércio tradicional”.

Relativamente à mudança da esquadra da PSP para a zona nova da cidade, lojistas e moradores afirmam “começar a sentir a diferença” e reclamam por mais policiamento, sobretudo à noite. “ Nos últimos tempos esta zona tem sido muito martirizada por assaltos e isso acontece porque de noite não se vê um único polícia por estas bandas”, destaca Elsa Morais. A recém proprietária da loja Artimala – Casa das Malas, salienta, ainda, que “os comerciantes da Rua Direita têm de ser mais unidos”, uma vez que só assim podem resistir à concorrência do Serra Shopping. “Em primeiro lugar os comerciantes têm de ser entender, mas o presidente Carlos Pinto também não se pode esquecer que não existe apenas o Jardim do Lago na Covilhã. O Jardim Público necessita, igualmente, de atracções pelo que as festas deveriam ser repartidas para atrair mais gente cá acima”, refere. Todavia e apesar de apontarem algumas medidas que, segundo os lojistas, revelar-se-ia “importantes”, como a diminuição das lojas “asiáticas”, os comerciantes continuam a queixar-se do mesmo, isto é, “falta de dinheiro para compras, mas apenas para alguns”.

in Noticias da Covilhã

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