10 outubro 2007

Sócrates não está convencido de que tenha havido intromissão


Primeiro-ministro recebido com protestos na Covilhã


"O primeiro-ministro disse não estar “convencido" de que tenha havido qualquer intromissão no direito de manifestação no caso da visita de agentes da PSP à delegação do Sindicato de Professores na Covilhã.

José Sócrates foi ontem recebido na Covilhã com apitos e palavras de ordem contra o Governo de mais de uma centena de pessoas, entre os quais muitos dirigentes sindicais. Todos esperavam pelo primeiro-ministro que se deslocava para uma sessão de perguntas e respostas com alunos da Escola Secundária Frei Heitor Pinto sobre a União Europeia.
"O que se passou só deu mais força a este protesto", referiu Mário Nogueira, dirigente da FENPROF. O sindicalista aludia às limitações da GNR a um protesto semelhante em Montemor-o-Velho, no domingo, e à visita da PSP à delegação da Covilhã do Sindicato de Professores da Região Centro (SPRC), na segunda-feira. Dois agentes da polícia pediram informações sobre se havia algum protesto em preparação.

"As pessoas mais indignadas que participam neste protesto são as que votaram no PS. Porque são as que se sentem mais enganadas com as políticas e atitudes do Governo", sublinhou.
À chegada, José Sócrates encaminhou-se para a entrada da escola por entre alunos e alguns apoiantes, enquanto os protestos se faziam ouvir do outro lado do passeio"...

Polémica sobre a actuação policial na Covilhã

PSD quer ouvir MAI no Parlamento

O PSD requereu hoje a "audição urgente" do ministro da Administração Interna no Parlamento, para prestar esclarecimentos sobre a "triste actuação policial" numa sede sindical na Covilhã, no âmbito da deslocação do primeiro-ministro à cidade.

"A actuação das forças de segurança junto do Sindicato de Professores da Região Centro transmite a ideia totalmente inadmissível de uma tentativa de condicionamento e intimidação ao exercício de direitos fundamentais", lê-se num requerimento entregue pelo PSD ao presidente da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias"...



Governadora diz ser “normal“ a actuação policial

Maria Alzira Serrasqueiro não acredita em rusgas nem em perseguições.

" A governadora civil de Castelo Branco defendeu hoje que a ida de polícias a um sindicato para obter informações sobre eventuais protestos durante a visita do primeiro-ministro à Covilhã é um procedimento "habitual e rotineiro", negando ter sido intimidatória.

Em declarações à Agência Lusa, Maria Alzira Serrasqueiro afirmou que "é habitual nestas situações" a PSP procurar informações sobre os locais e as ruas para onde estão previstas manifestações e que foi com esse objectivo que os polícias contactaram o Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC).

O SPRC decidiu apresentar queixa relativamente à visita de agentes da PSP à delegação do sindicato na Covilhã, classificando a acção como "intimidatória" e "deplorável", alegando que os polícias pediram informações sobre os protestos e alertaram para o uso de linguagem que não fosse atentatória da integridade pessoal"...

Covilhã pode perder Tribunal do Trabalho

Novo mapa judiciário coloca sede de circunscrição em Castelo Branco A Covilhã pode vir a perder o Tribunal de Trabalho no âmbito do novo mapa judiciário que o Governo pretende implementar, o qual funde as NUTS da Cova da Beira, Beira Interior Sul e Pinhal Interior Sul numa única circunscrição, com sede em Castelo Branco.

"O alerta foi deixado pelo presidente da Câmara da Covilhã na última assembleia municipal, na última quinta-feira. Carlos Pinto, que tinha recebido a nova proposta da Direcção Geral da Administração da Justiça – datada de 18 de Setembro – naquele dia, revelou estar «preocupado» com a nova proposta da revisão do mapa judiciário, uma vez que levava ao «esvaziamento» do Tribunal Judicial da Covilhã. «A proposta pretende deslocar para Castelo Branco a sede da circunscrição da Beira Interior Sul em termos judiciais, o que constitui o esvaziamento do circulo judicial da Covilhã com todas as implicações que isso poderá trazer, nomeadamente a perda do Tribunal do Trabalho», explicou Carlos Pinto, adiantando que a autarquia vai apresentar uma moção na próxima reunião de Câmara contra a nova proposta de revisão do mapa judiciário"...

In Kaminhos e Diário XXI

Saudações Paulenses