28 janeiro 2008

Movimento de Solidariedade da Covilhã

Movimento liderado por Pedro Farrombra, Pedro Paiva e Maria do Rosário Brito “vai continuar” a ajudar quem mais precisa

O movimento “Covilhã Solidária” tinha colocado como meta entregar 25 mil euros de donativos para duas associações de apoio social. A expectativa foi superada e a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental da Covilhã e o Núcleo de Castelo Branco da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC) vão repartir mais de 45 mil euros. O valor foi conhecido durante um jantar numa unidade hoteleira da cidade, na última sexta-feira, que juntou 220 pessoas.
A organização do evento “Covilhã Solidária 2007 – Pequenas Vozes para Grandes Sorrisos”, que a 16 de Dezembro do ano passado encheu o pavilhão da ANIL, mostrou-se “muito satisfeita”, pois o objectivo “foi conseguido e ultrapassado”, disse Pedro Farromba, uma das caras do movimento. Pedro Farromba salientou que o movimento “Covilhã Solidária” não termina por aqui. “Temos já ideias para outros eventos”, disse, sem adiantar detalhes.
A juntar aos 25 mil euros angariados no evento, soma-se o donativo de 5 mil euros da Liberty Seguros, mais de 9 mil euros de um leilão realizado durante o jantar (ver caixa) e um apoio da Câmara da Covilhã.

CÂMARA APOIA COM 7.500 EUROS
Chamado a intervir já na parte final do jantar, Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã, tinha ainda uma boa notícia a anunciar. “A autarquia vai atribuir 7.500 euros para repartir pelas duas instituições apoiadas pelo movimento Covilhã Solidária”, anunciou o edil.
Carlos Pinto vê o movimento como “um exemplo para outros”, pois, na sua perspectiva, “é possível, sem grandes artifícios, sentir que o gesto colectivo tem um forte conteúdo de Humanidade”. A autarca defende que a Covilhã “tem uma marca de solidariedade muito forte”, pois “foi e ainda é uma cidade de proletariado, em que facilmente se sabem os problemas dos vizinhos”.

Jóias e camisolas
Leilão rende mais de 9 mil euros
Durante o jantar, três peças de joalharia em ouro e prata (pregadeiras), da autoria de Bruno Prekatado, renderam 2.850 euros. Foram ainda leiloadas camisolas autografadas pelos jogadores do Sporting Clube de Portugal, Sport Lisboa e Benfica, Futebol Clube do Porto, Académica de Coimbra e Sporting Clube da Covilhã, cujo leilão rendeu 6.180 euros. A camisola do campeão nacional foi o que alcançou maior valor (2.500 euros), tendo sido licitada em nome de João Magalhães, do Intermarché da Covilhã. Curiosamente, duas camisolas foram leiloadas duas vezes: a do Sporting da Covilhã foi licitada por mil euros pelo empresário António Lopes e depois novamente por 510 euros, enquanto a do Sporting Clube de Portugal foi licitada por 700 euros por Carlos Pinto e, mais tarde, por 550 euros.

Espectáculo em DVD
O espectáculo “Covilhã Solidária 2007 – Pequenas Vozes para Grandes Sorrisos” contou com a presença de crianças de oito escolas do ensino básico da cidade que interpretaram 16 músicas, acompanhadas na subida ao palco por personalidades públicas que apadrinharam a iniciativa. Durante o jantar foi lançado o DVD do espectáculo, entretanto colocado à venda.
Foram ainda entregues certificados Escola Covilhã Solidária a representantes de cada uma das escolas participantes, para além do certificado de Artista Solidária ao cantor Toy.

APPC vai ser autónomo
Ana Camilo, do Núcleo Distrital de Castelo Branco da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC), anunciou que a estrutura vai passar a ser autónoma e adoptar a designação de APPC da Covilhã. “Isto vai acontecer ao longo deste ano”, referiu Ana Camilo. in Diario XXI

Saudações Paulenses