10 março 2008

Turismo no seu melhor

Inspecção detectou 1,5 milhões de salários por pagar no Turismo

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) apurou 1,5 milhões de euros de salários por pagar aos trabalhadores do sector da hotelaria e da restauração, em 2007. De igual modo, os inspectores contabilizaram mais de 854 mil euros de prestações devidas pelos empregadores à Segurança Social.

Os valores, provisórios, indicam que a sazonalidade é uma preocupação no sector, explicou, ao JN, Paulo Morgado de Carvalho, inspector-geral da ACT "O Turismo é muito propício às irregularidades, designadamente no âmbito do trabalho temporário e ilegal, porque também é um sector onde a mão-de-obra é bastante sazonal". Motivo suficiente para haver precariedade laboral: "As principais infracções detectadas prendem-se, também, com a organização dos tempos de trabalho e descanso, como o trabalho fora dos dias de descanso, com o trabalho não declarado e as falsas justificações para trabalho temporário ou a termo", enumerou.

A natureza sazonal do sector leva mesmo a Confederação do Turismo Português (CTP) a afirmar que só uma contratação a termo poderá ser sustentável para as empresas ligadas ao Turismo. "A CTP acredita que deverá ser alargado o elenco dos motivos pelos quais podem ser celebrados contratos a termo, sempre que existam necessidades temporárias". Afinal, comenta, "a actual rigidez" existente em relação a este tipo de contratos " cria uma falsa ilusão de combate à precariedade laboral" no sector.


Nota: Grandes investimentos no marketing, grandes retornos nos números de turistas e grandes "calotes" aos funcionários. TUDO EM GRANDE.