24 janeiro 2008

Portugal, Plantaforma de Entrada na Europa

Irão pretende abastecer Europa por Sines

Portugal "pode ter uma parte maior do bolo das relações do Irão com a Europa" no campo energético, disse ontem, em Lisboa, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Manouchehr Mottaki.

O país "pode armazenar energia" do Irão "ou obter aquela de que necessita", segundo o responsável pela diplomacia de Teerão, confirmando que "a cooperação energética na exploração de gás e também na compra de petróleo fazem parte" de uma negociação em curso envolvendo a Galp pelo lado português.

O seu homólogo português, Luís Amado, confirmou a existência "há vários meses de contactos" entre a Galp e a NIOC (National Iranian Oil Company, a empresa nacional de petróleos iraniana) para projectos conjuntos na área da exploração hidrocarbonetos. Segundo a Lusa, que citou palavras de Amado na conferência de imprensa após o encontro com Mottaki, a preocupação portuguesa "é agora a de criar condições estratégicas e políticas que permitam desenvolver muito mais as relações económicas, comerciais e culturais entre os dois países".

Se as negociações com a Galp correrem bem, o Irão poderá ser um dos fornecedores de gás natural da petrolífera portuguesa, confirmaram ao DN fontes ligadas às negociações. Em contrapartida, o Irão gostaria de armazenar petróleo, em Sines, para distribuir depois para outros mercados europeus.

Um projecto que poderá vir a ser estudado entre as duas partes caso cheguem a um acordo, confirmaram as mesmas fontes. Uma possibilidade semelhante está prevista no memorando de entendimento assinado, em Outubro, entre a Galp e a Petróleos da Venezuela.

O fornecimento de gás liquefeito por parte do Irão à Galp, e uma possível entrada desta na exploração de gás naquele país são dois aspectos que já estão em discussão há vários meses entre a empresa portuguesa e as autoridades iranianas. Fontes da Galp, por seu turno, limitam-se a confirmar a existência de negociações e a sublinhar que não há qualquer acordo. in DN
Nota: Depois do assalto de chineses não só em termos de comercio tradicional, a aquisição da estrutura no Alentejo, é a vez dos Iranianos se posicionarem nesta "entrada" da Europa. Quem lucra com isto? Quantos postos de trabalho vão ser criados?...

Saudações Paulenses